terça-feira, 14 de abril de 2009

Analistas de mercado seguem pessimistas quanto à economia nacional

Correio do Brasil
Por Redação - de Brasília


A projeção de analistas de mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) está em queda pela sexta semana seguida. A previsão de retração do crescimento da economia passou de 0,19% para 0,30%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central com base em projeções de instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia. Para 2010, no entanto, foi mantida a previsão de 3,5% (a mesma há seis semanas) para o crescimento do PIB. Para a expansão da produção industrial, os analistas também esperam retração neste ano. A estimativa, em queda há oito semanas, agora é de 3,56%, contra 3,06% previstos na publicação anterior.

No próximo anos, os analistas esperam recuperação da atividade industrial, com crescimento de 4%, estimativa mantida há oito semanas. A projeção para a relação entre dívida líquida do setor público e PIB permaneceu em 37% neste ano e foi alterada de 35,76% para 35,81% em 2010. Quanto menor a relação entre dívida e PIB, maior é a confiança do investidor de que o país é capaz de honrar seus compromissos.

Os analistas alteraram a estimativa para o déficit em conta corrente (todas as operações do Brasil com o exterior) de US$ 22,60 bilhões para US$ 21,1 bilhões. Para 2010, a projeção foi mantida em US$ 24 bilhões.

Para o superávit comercial, a expectativa passou de US$ 14,5 bilhões para US$ 15 bilhões neste ano e de US$ 13,7 bilhões para US$ 14 bilhões em 2010. A projeção para o dólar ao final do ano permanece em R$ 2,30. Ao final de 2010, a estimativa é de R$ 2,29, a mesma da semana anterior.

A estimativa para o investimento estrangeiro direto (caracterizado pelo interesse duradouro do investidor na economia) permanece em US$ 22 bilhões neste ano e em US$ 25 bilhões em 2010.

Inflação futura

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano teve leve recuo de 0,01 ponto percentual e ficou em 4,25%. A estimativa, em queda há seis semanas, consta do boletim Focus. Para 2010, a expectativa para o índice oficial de inflação caiu de 4,46% para 4,42%. Estimativas para este ano e para o próximo estão abaixo do centro da meta de inflação de 4,5%. A meta tem margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e o superior de 6,5%. O Banco Central usa como instrumento para controlar a inflação a taxa básica de juros, a Selic, que, na previsão dos analistas, deve ser reduzida de 11,25% para 10,25% ao ano na reunião marcada para os dias os dias 28 e 29 deste mês. Ao final deste ano, os analistas mantêm a previsão de que a Selic estará em 9,25% ao ano. Para 2010, a estimativa foi ajustada de 9,38% para 9,50% ao ano.

Quanto aos demais índices de inflação, a expectativa dos analistas também é de queda. Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), a redução foi de 3,03% para 2,41%. A projeção para o Índice de Geral de Preços de Mercado (IGP-M) caiu de 2,71% para 2,22%. Em 2010, a expectativa para os dois índices é de 4,5%. No caso do Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), a estimativa caiu de 4,37% para 4,36%. Para 2010, a projeção para os três índices é de 4,5%, a mesma da semana anterior.

A estimativa para os preços administrados em 2009 foi mantida em 4,5%. Para 2010, foi alterada de 4,5% para 4,3%. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo e outros).

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