Por Kevin Drawbaugh e Mark Felsenthal
WASHINGTON (Reuters) - O Goldman Sachs e o Morgan Stanley acertaram uma cobertura com o Federal Reserve para sobreviver à crise financeira que já destruiu seus rivais, adotando uma medida que, na prática, encerra o modelo de banco de investimento que dominou Wall Street nas últimas duas décadas.
A ação é a última medida de Washington para tentar restaurar a calma nos mercados e segue as intensas conversas entre integrantes do governo Bush e o Congresso sobre o plano de resgate de 700 bilhões de dólares, que tem como objetivo evitar que a crise financeira jogue a economia dos Estados Unidos em uma severa recessão.
Ao concordarem em se transformar em holdings, sujeitando assim a regulamentos mais severos do Fed, o Goldman e o Morgan Stanley tentam evitar trilhar o caminho que levou ao colapso seus rivais, derrubados pela pior crise financeira que Wall Street já vivenciou desde a Grande Depressão.
Os índices futuros de ações de Wall Street tiveram reação positiva à notícia, mas ainda assim indicavam uma abertura com alta discreta diante das incertezas sobre os detalhes do plano de ajuda do governo. Na semana passada, o Lehman Brothers quebrou, o Merrill Lynch foi vendido para o Bank of America e a seguradora AIG passou ao controle do governo.
Com a quebra do Bear Stearns no início do ano, o Goldman e o Morgan Stanley eram os últimos dos cinco grandes bancos de investimento que fizeram a história de Wall Street nos últimos 20 anos.
A transformação em holdings garante às duas instituições maior acesso aos fundos do banco central dos EUA e vai facilitar a aquisição de bancos de varejo pelas instituições.
"Isso cria uma percepção de maior segurança e supervisão", afirmou Chip MacDonald, que avaliar fusões no escritório de advocacia Jones Day.
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